Tensões compressivas – conduzem à redução do volume da rocha na direcção paralela à actuação das forças e ao seu alongamento na direcção perpendicular. Podem também provocar fractura da rocha.
Tensões distensivas – conduzem ao alongamento da rocha, na direcção paralela à actuação das forças, ou à sua fractura.
Tensões de cisalhamento – causam a deformação da rocha por movimentos paralelos em sentidos opostos.
Deformação elástica – a deformação é reversível e proporcional ao esforço aplicado, desde que não seja ultrapassado o limite de elasticidade.
Deformação plástica – acima do limite de elasticidade, o material fica deformado permanentemente, sem rotura, se não for ultrapassado o limite de plasticidade. A deformação é chamada deformação contínua, quando não se verifica descontinuidade entre partes contíguas do material deformado.
Deformação por rotura – quando é ultrapassado o limite de plasticidade, a rocha cede e entra em rotura. Essas deformações podem ser consideradas deformações descontínuas.
Comportamento frágil – as rochas fracturam facilmente quando são sujeitas a tensões, em condições de baixa pressão e baixa temperatura. Este comportamento relaciona-se com a formação de falhas.
Comportamento dúctil – as rochas sofrem alterações permanentes de forma e/ou volume, sem fracturarem, em condições de elevada pressão e elevada temperatura. Este comportamento relaciona-se com a formação de dobras.
Factores que condicionam a deformação das rochas:
Tensão confinante ou litostática – é a tensão resultante do peso das camadas suprajacentes. Aumenta a ductilidade da rocha, aumentando a resistência à rotura.
Tensão não litostática ou dirigida – ocorre quando um corpo está sujeito a forças de intensidade diferente nas diversas direcções.
Temperatura – aumenta a plasticidade. Aumenta com a profundidade.
Conteúdo em fluidos – faz aumentar a plasticidade das rochas.
Tempo de actuação das forças – faz com que as rochas sejam mais plásticas.
Composição e estrutura da rocha – certos aspectos, como a xistosidade, fazem aumentar a plasticidade.
Falhas
Uma falha é uma superfície de fractura ao longo da qual ocorreu movimento relativos dos blocos fracturados. Podem resultar da actuação de qualquer tipo de tensão em rochas com comportamento frágil.
Elementos que caracterizam uma falha:
Plano de falha – superfície de fractura.
Tecto – bloco que se sobrepõe ao plano de falha.
Muro – bloco que se situa abaixo do plano de falha.
Rejecto – menor distância entre dois pontos que estavam juntos antes da fractura e do respectivo deslocamento.
Escarpa de falha – ressalto topográfico produzido pela falha.
Direcção – ângulo formado por uma linha horizontal do plano de falha com a linha N-S
Inclinação – ângulo formado pelo plano de falha com um plano horizontal que intersecta o plano de falha.
Dobras
São deformações nas quais se verifica o encurvamento de superfícies originalmente planas. As dobras resultam da actuação de tensões de compressão, em rochas com comportamento dúctil.
Elementos que caracterizam uma dobra:
Charneira – linha que une os pontos de máxima curvatura da dobra.
Flancos da dobra – vertentes da dobra; situam-se de um e de outro lado da charneira.
Superfície axial ou plano axial – plano de simetria da dobra, que a divide em dois flancos aproximadamente iguais.
Eixo da dobra – linha de intersecção da charneira com a superfície axial.
Tendo em conta a idade relativa das rochas:
Anticlinal – dobra em que o núcleo da antiforma é ocupado pelas rochas mais antigas.
Sinclinal - dobra em que o núcleo da sinforma é ocupado pelas rochas mais recentes.