24/03/2010

Os Fósseis e a reconstiruição do passado

Os fósseis são restos de seres vivos ou vestígios de atividades biológicas (ovos, pegadas, etc.) preservados nos sistemas naturais. Podem ser preservado em sedimentos, rochas, gelo, piche, âmbar, solos ou cavernas.
O conjunto de processos que leva à preservação de restos ou evstígios de organismos nas rochas denomina-se fossilização.
A ciência que estuda os fósseis é a Paleontologia.

Existem vários processos de fossilização:

■ Conservação
Os organismos ou partes deles são preservados sem alteração ou com pequenas modificações. Este processo acontece quando o organismo é totalmente envolvido num meio asséptico, como resina fóssil ou âmbar, gelo, alcatrão…



■ Moldagem
O organismo ou partes dele imprimem um molde em sedimentos finos que o envolvem ou preenchem. O organismo pode, posteriormente, ser destruído, mas o molde persiste.

- Molde interno – os sedimentos preenchem a concha que, posteriormente, é dissolvida, ficando apenas o molde.



- Molde externo – a concha imprime o molde da superfície externa nos sedimentos, sendo depois removida. Podem ainda formam-se contramoldes dos moldes externos e internos.



■ Mineralização
Comum na fossilização de partes duras, como conchas e ossos. Neste processo ocorre substituição da matéria orgânica por matéria mineral. Ex.: troncos silicificados.



■ Icnofósseis (marcas fósseis)
São pegadas, marcas de reptação, rastos que constituem evidências da actividade do ser vivo cuja marca a litogénese não destruiu.



Para que o processo de fossilização ocorra é necessário que se reunam certas condições :
-reparação de contacto dos seres vivos com água ou ar;
-sedimentos finos e impermeáveis a recobri-los;
-temperatura próxima dos 0º C;
-Mais fácil em organismos ricos em minerais (sílica e cálcio).


Da observação dos estratos podemos retirar informações sobre:
-os ambientes de épocas passadas - Paleoambientes;
-os climas antigos;
-a datação relatica dos estratos;
-a posição dos continentes e dos oceanos;
-a química da água;
-a composição da atmosfera;
-o tipo de fauna e flora existente numa determinada altura pelo registo fóssil;
-os movimentos tectónicos do planeta.

Datação relativa das rochas
O estudo dos fosseis permite a datação relativa dos estratos numa coluna de estratos pertencentes a uma sequência estratigráfica, através da aplicação de diferentes princípios:

■ Princípio da sobreposição: numa sequência estratigráfica sedimentar não deformada, os estratos mais antigos são os que localizam por baixo e os mais recentes são os que se localizam por cima.



■ Princípio da continuidade lateral: um estrato sedimentar permanece lateralmente igual a si próprio ou varia de um modo contínuo.



■ Princípio da identidade paleontológica: admite que os grupos de fósseis aparecem numa ordem definida e que se pode reconhecer um período do tempo geológico pelas características dos fósseis. Estratos que apresentem fósseis idênticos são da mesma idade. Estes são fósseis de idade, correspondentes a seres vivos que viveram durante intervalos de tempo curtos e que tiveram uma grande área de dispersão.



■ Princípio da intersecção e princípio da inclusão: toda a estrutura que intersecta outra é mais recente do que ela.




Fontes:
Silva, A.D. et al, Terra, Universo de Vida 11 - Geologia, Porto Editora, Porto, 2009

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